Akira Toriyama criou um personagem em Dragon Ball para satirizar os heróis do ocidente

Os heróis convencionais dos quadrinhos, como o Superman ou o Homem-Aranha, contrastam completamente com personagens como Goku ou Vegeta

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Akira Toriyama era um gênio da ilustração e da escrita de histórias para o mangá, que posteriormente se transferiu para o anime. Dragon Ball é sua maior criação, um legado que permanecerá por muitas décadas na cultura popular.

Analistas que estudaram o mangaka japonês encontraram mensagens que ele envia através da criação de personagens. Era a sua maneira de comunicar as diferenças entre o mundo ocidental em que vivemos e como eles veem as coisas no Extremo Oriente.

O site oficial de Dragon Ball entrevistou um psicólogo chamado Timothy Takemoto, nascido em Londres, mas de pais japoneses, que descobriu que Akira Toriyama criou o Grande Saiyaman para satirizar os heróis dos quadrinhos convencionais como Superman ou Homem-Aranha e suas diferenças com guerreiros como Vegeta ou Goku.

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Takemoto estudou em Edimburgo e mudou-se para o país de origem aos 24 anos. Sua área de expertise é a psicologia cultural.

Numa extensa explicação, Takemoto diferencia o que são os heróis de Dragon Ball dos heróis do ocidente, como os da DC ou Marvel. Para os heróis da DC ou Marvel, por exemplo, não há meio termo, exceto algumas exceções: ou fazem parte da equipe do bem ou são vilões.

Mas no caso de Dragon Ball, é quase uma constante ver como os inimigos, que em sua apresentação são a encarnação do mal, se tornam parte dos Guerreiros Z. Aconteceu com Yamcha (Ladrão), Ten Shin Han, Chaoz, Piccolo, Vegeta, Majin Buu e até mesmo com Dábura, que é o diabo.

“O professor Takemoto observa que no mangá japonês frequentemente não há uma clara distinção entre o bem e o mal, em vez disso, parece que todos os personagens têm algo em comum, quase como se fossem parte de uma família.”

O Grande Saiyaman se esconde, mas também tem um lado chamativo onde grita coisas como ‘O GRANDE SAIYAMAN’ enquanto faz uma pose especial. A transformação oculta parece ocidental (...) Como ele se transforma através de um relógio especial é uma característica muito ocidental. Na filosofia moderna ocidental, diz-se que há uma duplicação do eu, e que a forma de garantir a identidade desse eu duplicado é através da linguagem falada”, destacou.

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