Desde sempre, Shigeru Miyamoto tem sido elogiado por criar personagens inesquecíveis e maravilhosos mundos de aventuras. Um deles é o universo de Donkey Kong, que apareceu pela primeira vez em 1981 e desde então tem cativado o público de todas as idades com suas divertidas aventuras na Ilha Donkey Kong. Com selvas, praias e templos misteriosos, é certo que este cenário agrada tanto a grandes quanto a pequenos, pois qualquer pessoa pode aceitar o desafio de guiar Donkey Kong no resgate de seu tesouro precioso ou para lutar contra seus inimigos.
E é que neste universo, os vilões adicionam um toque interessante de desafios e intriga. Um dos mais destacados é o King K. Rool, o impiedoso rei dos Kremlings, a raça pouco amada de criaturas semelhantes a crocodilos, que sempre busca assumir o controle da Ilha, ou pelo menos roubar as bananas do gorila.
Na verdade, esta tribo é mais do que apenas o King K. Rool. Normalmente, os jogos do Donkey Kong apresentam vários membros da tribo Kremling, incluindo os Kritters, que são soldados comuns, e outros chefes únicos como Klump e Krusha, conhecidos por seu treinamento e astúcia militar. O curioso? É que esses personagens tão odiados por muitos na verdade iriam ser heróis, mas o destino lhes reservava outro caminho.

A história não contada dos vilões de Donkey Kong
Antes de se tornarem os icônicos antagonistas na série Donkey Kong Country, os Kremlings estiveram perto de protagonizar seu próprio videogame. A história desses quase répteis começou com um projeto cancelado da Rare, chamado Jonny Blastoff and the Kremling Armada. Este jogo, concebido no início dos anos 90, nunca chegou a ver a luz, mas estabeleceu as bases para o que eventualmente seriam os famosos vilões do Donkey Kong.
E é que naquela época, a Rare queria explorar o potencial das aventuras gráficas inspiradas em sucessos como Monkey Island. Por isso, Jonny Blastoff and the Kremling Armada estava se moldando como um videogame com uma estética pirata, com ilhas tropicais, galeões e tesouros escondidos, possivelmente devido à fascinação de Gregg Mayles, diretor criativo da Rare na época, pelas histórias de corsários.
Como mencionamos anteriormente, aquele projeto nunca foi lançado ao público. Mas nem tudo foi em vão: estabeleceu muitos elementos visuais que mais tarde formariam Donkey Kong Country. A estética daquele jogo claramente influenciou a direção artística e narrativa do universo de Donkey Kong.
Na verdade, embora Jonny Blastoff and the Kremling Armada nunca tenha sido oficialmente anunciado, alguns esboços preliminares foram revelados. E um deles até apresentava um Kremling com uma semelhança incrível com King K. Rool, um dos vilões mais emblemáticos do videogame que de fato foi lançado.
No entanto, o cancelamento de Jonny Blastoff deixou muitas ideias inexploradas, mas também serviu como base para a integração desses personagens na saga do Donkey Kong, onde conseguiram brilhar e conquistar muitas gerações de jogadores.

