Brasil

Cientistas da NASA estão a um passo de decifrar os misteriosos flashes rápidos de rádio

A NASA informa que detectou uma das mais conhecidas com dois de seus telescópios de raios X

NASA ASTRON/FUTSELAAR/VAN LEEUWEN

Dois telescópios de raios X da NASA detectaram mais uma vez o misterioso surto de rápidas explosões de rádio conhecidas como FRB justo antes e depois de acontecer. Esta descoberta sem precedentes pode ser a chave para desvendar o mistério que envolve esses sinais enigmáticos do espaço profundo.

ANÚNCIO

Os FRBs são rajadas de energia extremamente breves e poderosas que vêm de galáxias distantes. Eles duram apenas uma fração de segundo, mas liberam uma quantidade de energia comparável à que o Sol emite em um ano.

A sua origem ainda é um enigma, embora se suspeite que possam estar relacionados com eventos como a explosão de estrelas ou a formação de buracos negros.

Desta vez, o FRB foi detectado pelo telescópio espacial de raios X NICER (Neutron Star Interior Composition Explorer) da NASA, localizado na Estação Espacial Internacional. O telescópio NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA, que orbita a Terra, também observou a explosão em raios X.

As observações conjuntas do NICER e NuSTAR revelaram que o FRB foi precedido por uma erupção de raios X e seguido por um surto de raios gama. Esta sequência de eventos sugere que o FRB pode ter sido causado por uma explosão na superfície de uma estrela de nêutrons, um tipo de estrela extremamente densa que é o remanescente de uma supernova.

Ilustração das FRB NASA

"Geralmente, quando ocorrem falhas, o magnetar leva semanas ou meses para voltar à sua velocidade normal. É evidente que estão ocorrendo coisas com esses objetos em escalas de tempo muito mais curtas do que pensávamos anteriormente, e isso pode estar relacionado com a rapidez com que as explosões de rádio são geradas", disse Chin-Ping Hu, astrofísico da Universidade Nacional de Educação de Changhua, em Taiwan, e autor principal do novo estudo, conforme relatado pela NASA.

Esta nova descoberta representa um avanço significativo na compreensão dos FRB. Os cientistas esperam que observações futuras com telescópios como NICER e NuSTAR possam ajudar a determinar com maior precisão a causa desses misteriosos sinais do espaço profundo.

ANÚNCIO

Tags


ÚLTIMAS NOTÍCIAS