Esta semana, a NASA surpreendeu a comunidade científica ao anunciar atrasos em sua missão Artemis II, projetada para retornar à Lua e estabelecer uma base permanente em sua superfície.
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O seu lançamento originalmente estava planeado para iniciar missões tripuladas este ano e alcançar o primeiro pouso na Lua em 2025.
No entanto, de acordo com Bill Nelson, administrador da NASA, os planos levarão mais tempo do que o estimado.
Alterações no cronograma de Artemis
Artemis I foi concluída com sucesso em 2022, testando o foguete SLS e a nave Orion. Agora, Artemis II foi adiado em dez meses, e Artemis III, em nove.
A nova rota inclui em primeiro lugar a missão Artemis II, remarcada para setembro de 2025, que será a primeira viagem tripulada desde o Apollo 17, orbitando a Lua sem pousar.
Depois, virá Artemis III, prevista para setembro de 2026, que incluirá o primeiro pouso perto do polo sul lunar.
Para esta última missão, a NASA tem planos de que uma mulher e uma pessoa de cor sejam os primeiros a pisar na Lua.
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Será possível que os humanos voltem à Lua?
Os desafios para a Artemis II concentram-se na nave Orion, com problemas nas baterias, controle de temperatura e ventilação.
Além disso, estão sendo investigados problemas com o escudo térmico observados durante a Artemis I.
Para Artemis III, a NASA enfrenta atrasos significativos no desenvolvimento da Starship e dos trajes espaciais. A SpaceX ainda tem testes críticos pendentes para a Starship, como a transferência de combustível em voo, necessária para a viagem à Lua.
Por sua vez, o adiamento da Artemis representa um risco simbólico para os Estados Unidos: a possibilidade de que a primeira mulher a pisar na Lua não seja americana, mas sim chinesa, uma vez que o país asiático planeja sua própria missão lunar para 2030.
Este atraso, embora menor do que o sugerido pela Government Accountability Office, pode pressionar a NASA a cumprir seus objetivos lunares dentro da década, deixando menos tempo para as missões subsequentes.